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Um futuro não muito distante

  • thaissbittencourt
  • 1 de abr. de 2016
  • 2 min de leitura

Como uma faminta em cultura cinematográfica e amante de filmes das décadas passadas, vocês não imaginam a satisfação que tive quando vi o clássico Farenheit 451 (1966) de François Truffaut , um dos fundadores do movimento Nouvelle Vague. Esse foi o único filme em inglês do cineasta.

O longa é uma ficção científica, o que para mim é pouco para classificá-lo. Filosofia, relações humanas, cultura, literatura e repressão social. São esses os temas retratados nele. Assisti Farenheit 451 em uma aula da faculdade, em uma eletiva que faço de cinema e, desde então, me apaixonei.

Para resumir, a película é a adaptação do romance homônimo de Ray Bradbury e se passa em um Estado totalitário num futuro próximo, onde os "bombeiros" têm como função principal queimar qualquer tipo de material impresso, pois foi convencionado que literatura um propagador da infelicidade. Mas Montag (Oskar Werner), um bombeiro, começa a questionar tal linha de raciocínio quando vê uma mulher preferir ser queimada com sua vasta biblioteca ao invés de permanecer viva.

No caminho de casa, Montag conhece uma mulher (Julie Christie) que o aborda e diz que o observa há certo tempo. Na conversa deles, ela indaga: "Você lê os livros antes de queimá-los?". A pergunta o deixa intrigado. Por outro lado, sua esposa, Linda é o retrato da sociedade da ficção. Vivida também pela ótima Julia Christie, ela é alienada, só assiste aos programas de TV manipuladores e vive à base de remédios. Diferentemente, Montag não vive dessa forma e no fundo é um questionador.

Conforme a amizade com a moça do trem cresce, ele vai contestando cada vez mais sua função. E para saciar sua curiosidade, passa a pegar alguns livros antes de queimá-los e se apaixona pela literatura, desconhecida pela maior parte da população.

O desenrolar do longa é muito bom e o final é fascinante e inspirador. Vou me limitar até essa parte, pois vale muito a pena assisti-lo. Eu me surpreendi positivamente, pois não sou a maior admiradora de ficção científica.

Portanto, fica a dica. Aluguem! É um daqueles filmes que ficam na memória e mostram como o cinema pode mudar nossa forma de ver a sociedade e a vida. Afinal, o futuro do filme não é tão distante do nosso.

OBS: O título é referente à temperatura que os livros são queimados. Uma sacada genial do autor!


 
 
 

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